Quando eu era criança queria trabalhar como operadora de caixa de supermercado. Achava que deveria ser super legal ficar apertando os botões daquela máquina, queria tanto um dia ser grande para poder sentar naquela cadeira.
Não me lembro exatamente minha idade, mas um dia fui ao banco pela primeira vez com a minha avó. Ficamos horas e horas na fila, e a cada minuto eu ficava mais curiosa para saber o que aconteceria quando chegasse a nossa vez.
Quando chegou a nossa vez eu não soube o que aconteceu, mas eu me deparei com uma moça bonita, toda maquiada e com unhas longas vermelhas. Digitando em uma máquina. Nesse momento meu sonho se transformou, eu queria trabalhar no banco! Poder sentar naquela cadeira e ficar digitando naquela máquina com unhas longas e vermelhas!
Ah que criança estranha. Não queria ser professora, dançarina nem atriz!
Conforme o tempo passava, eu comecei a observar mais, descobri que eu poderia trabalhar em várias coisas e ter um computador. Demorei um tempo para descobrir o nome da máquina.
Um dia fui ao dentista com a minha mãe e minha irmã gêmea. Para minha tristeza a dentista disse para minha mãe que não tinha nada para fazer em meus dentes. Porém agendou várias visitas para minha irmã, qual em cada visita ganhava um adesivo da Xuxa. Eu sempre ficava do lado de fora esperando ela ser atendida, morrendo de inveja porque achava que devia ser algo legal. Realmente, eu era uma criança estranha.
Um dia nessa espera, comecei a brincar com algumas revistas velhas e vi uma foto de uma moça de unhas longas, vermelhas, maquiada e digitando em um computador. Que incrível! Fiquei curiosa.
Era uma matéria sobre carreira profissional. Eu estava aprendendo a ler e não entendi muita coisa, mas lembro que a matéria falava sobre uma mulher que com muito esforço conseguiu se formar na faculdade e ocupava um bom cargo em uma empresa.
Que legal, meu mundo cresceu de novo. Eu tinha decidido, precisava fazer faculdade!
Mesmo sendo pobre e sem nenhuma referência universitária na família, aquele era o meu maior sonho naquele momento.
Qual o sentido deste artigo? Além de lhes contar que eu era uma criança estranha.
O que quero dizer com essas histórias é que eu era uma criança muito pobre e simples. Não tinha acesso a informações, mas a cada coisa nova que eu descobria, eu crescia.
Aprender que existem coisas novas no mundo é algo bom para formação do indivíduo. Porém quando nos tornamos adultos, achamos que já passamos desta fase tão infantil e curiosa e deixamos de aprender.
Eu tive a oportunidade de trabalhar com um diretor sensacional, que me disse uma frase que me fez lembrar da criança curiosa que fui. “O grande problema é que as pessoas deixam de ser ensináveis!”
Realmente, deixamos.
Mas não deveríamos, deveríamos entender que isso é um processo natural de evolução e que isso nos leva ao sucesso.
Não deixe de ser curioso, não deixe de aprender. Cada dia é uma nova oportunidade de evolução, aproveite!
Para terminar este artigo quero lhes contar. Não fui caixa de supermercado nem bancária. Mas trabalho com o que sempre me fascinou. Tecnologia! 😊
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